RELAÇÃO DE LIVROS DA BIBLIOTECA DA ARLS GENERAL MOREIRA GUIMARÃES - 0562,
"PARTE DISPONÍVEL" PARA EMPRÉSTIMOS AOS "IRMÃOS"
ATENÇÃO: antes de solicitar o empréstimo, favor ler o regulamento da biblioteca
O Irmão que não puder comparecer na Loja para buscar o livro, por impossibilidade de locomoção ou enfermo, poderemos fazê-lo chegar em suas mãos (RMBH)
JUSTIFICATIVA PARA O NOME DO PATRONO
Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça (Colônia do Sacramento, 13 de agosto de 1774 — Londres, 11 de setembro de 1823) foi um jornalista, maçom e diplomata brasileiro, patrono da Cadeira 17 da Academia Brasileira de Letras. Nascido na Colônia do Sacramento, então domínio da Coroa portuguesa (hoje pertencente ao Uruguai), Hipólito era filho de família abastada do Rio de Janeiro. Seu pai era Félix da Costa Furtado de Mendonça, alferes de ordenanças da Capitania do Rio de Janeiro e sua mãe Ana Josefa Pereira, natural de Sacramento.
Após Sacramento ser devolvido á posse da Coroa espanhola, em 1777, sua família instalou-se em Pelotas, no Rio Grande do Sul, onde passou a sua adolescência. Fez os seus primeiros estudos em Porto Alegre, concluídos em Portugal, na Universidade de Coimbra, onde se formou em Leis, Filosofia e Matemática (1798).
Recém-formado, foi enviado como diplomata pela Coroa portuguesa aos Estados Unidos da América e ao México, para onde embarcou em 16 de outubro de 1798, com a tarefa de conhecer a economia desses dois países e as novas técnicas industriais aplicadas pelos norte-americanos. Viveu nos Estados Unidos por dois anos onde, na Filadélfia, veio a ingressar na maçonaria o que influenciou a sua vida daí em diante.
De volta ao reino, viajou a serviço da Coroa Portuguesa para Londres em 1802, com o objetivo declarado de adquirir obras para a Real Biblioteca e maquinário para a Imprensa Régia. Ocultamente, entretanto, os seus motivos eram o também de estabelecer contatos entre as Lojas Maçônicas Portuguesas e o Grande Oriente em Londres.
Três ou quatro dias após o seu retorno ao reino foi detido pela Inquisição por ordem de Diogo Inácio de Pina Manique, sob a acusação de disseminar as idéias maçônicas na Europa. Encaminhado às celas do Tribunal do Santo Ofício, onde permaneceu até 1805, logrou evadir-se para a Espanha sob um disfarce de criado, com o auxílio dos seus irmãos maçons. De lá passou para a Grã-Bretanha, onde se exilou sob a proteção do príncipe Augusto Frederico, duque de Sussex, o sexto filho de Jorge III do Reino Unido e grão-mestre da maçonaria inglesa.
Na Inglaterra, obtêm a nacionalidade inglesa com a ajuda do Duque de Essex, adquirindo ações do Banco da Escócia o que lhe autorgava tal direito de forma imediata. Casa em 1817 com Mary Ann Troughton da Costa com quem tem 3 filhos, além de já ter tido 1 filho com Mary Anne (Lyons ou Symons). Obtendo a condição de estrageiro neutralizado, um estrangeiro residente com alguns direitos políticos. De Londres passou a editar regularmente aquele que é considerado o primeiro jornal brasileiro: o Correio Braziliense ou Armazém Literário, que circulou de 1° de junho de 1808 a 1823 (29 volumes editados, no total).
Com esse veículo, passou a defender as idéias liberais, entre as quais as de emancipação colonial, dando ampla cobertura à Revolução liberal do Porto de 1820 e aos acontecimentos de 1821 e de 1822 que conduziriam à Independência do Brasil. O seu principal inimigo era Bernardo José de Abrantes e Castro, conde do Funchal, embaixador de Portugal em Londres, que chamou ao Corrreio: “Esta terrível invenção de um jornal português na Inglaterra”, vindo a editar um periódico contra ele, que circularia até 1819 (O Investigador Portuguez em Inglaterra).
Lápide no Jardim do Museu da Imprensa
Faleceu em 1823, sem chegar a saber que fora nomeado cônsul do Império do Brasil em Londres. No Brasil é considerado o patrono da imprensa. Em Porto Alegre foi homenageado emprestando seu nome ao Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa. Estava sepultado em St. Mary the Virgin, em Hurley, condado de Berkshire; mas em 2001 seus restos mortais foram trasladados para Brasília. Atualmente seus restos mortais estão nos Jardins do Museu da Imprensa Nacional.
Seu irmão, José Saturnino da Costa Pereira, foi Senador do Império do Brasil e Ministro da Guerra.
Obras 1799: Diário de minha viagem para Filadélfia (1798-1799) (publicado póstumamente em 1955) 1800: Descripção da arvore assucareira, e da sua utilidade e cultura (Lisboa) 1800: Descripção de huma maquina para tocar a bomba á bordo dos navios semo trabalho de homens (Lisboa) 1808-1822: Correio Braziliense (Londres) 1809: História de Portugal (Londres) 1811: Narrativa da perseguição de Hippolyto Joseph da Costa Pereira Furtado de Mendonça … prezo, e processado em Lisboa pelo pretenso crime de framaçon ou pedreiro livre (Londres) 1811: A narrative of the persecution of Hippolyte Joseph da Costa Pereira Furtado de Mendonça, a native of Colonia-do-Sacramento, on the River La Plata; imprisoned and tried in Lisbon, by the Inquisition, for the pretended crime of free-masonary… (Londres); 1811: Nova gramática portuguesa e inglesa (Londres); 1820: Sketch for the History of the Dionysian Artificers (Londres); 1863: Cartas sobre a franco-maçonaria (Amsterdã); 1955: Copiador e registro das cartas dirigidas a d. Rodrigo de Sousa Coutinho (Rio de Janeiro); 1992: O Amor d’Estranja, peça de teatro (Lisboa);
Traduções 1801: Ensayos politicos, economicos e philosophicos, de Benjamin Thompson, Conde de Rumford, (Lisboa); 1801: Historia breve e authentica do Banco de Inglaterra, de T.Fortune, (Lisboa); 1801: Memoria sobre a bronchocele, ou papo da America septentriona, de Benjamin Smith Barton, (Lisboa);
Descendência Hipólito da Costa teve duas descendências: uma brasileira e uma inglesa. Hipólito foi filho de Félix da Costa Furtado de Mendonça e Ana Josefa Pereira de Mesquita. Seus avós por parte de pai eram José Antônio da Costa Soares e Ana Maria Furtado de Mendonça; e os avós por parte de mãe eram Vicente Pereira e Magdalena Martins Pinto de Mesquita. Teve como irmãos o padre Felício Joaquim da Costa Pereira e o senador José Saturnino da Costa Pereira. Na descendência brasileira, Hipólito da Costa teve um filho com Mary Anne Lyons (ou Symons), e teve um filho chamado Félix José da Costa. Félix foi enviado para o Brasil para ser cuidado pelo irmão (José Saturnino) quando o seu pai foi casar com Mary Ann Troughton da Costa. Félix (1ª geração – filho) casou com uma brasileira (não identificada nos registros históricos) e teve como filho o João Manoel Simões da Costa. João Manoel (2ª geração – neto) casou com Cândida Ladeira Simões da Costa e tiveram como filho o Manoel Hippólyto Simões da Costa. Manoel Hippólyto (3ª geração – bisneto) por sua vez casou com Preciliana Ladeira Hippólyto Simões da Costa, os quais tiveram 6 filhos. A descendência brasileira de Hipólito da Costa encontra-se atualmente na 8ª geração (heptanetos) sendo a mais recente membro da família a bebê Ana Lourdes nascida em 2008. A descendência inglesa de Hipólito da Costa tem origem com o seu casamento com a inglesa Mary Ann Troughton da Costa, que era filha de Richard Troughton e Elizabeth Ap-Rice. Hipólito e Mary Ann tiveram três filhos: Augusta Carolina (que casou com Adolphus Charles Troughton), Anne Shirley (que casou com Whitworth Porter) e Augusto Frederico (que não casou). A única filha a deixar descendentes foi Anne Shirley, que teve como filhos Reginald da Costa Porter (que casou com Margareth Ewyn Wefferies) e Catherine da Costa Porter (que casou com Charles Robert Crosse). Reginald e Margareth tiveram como filhos Reginald Adolphus Zouch (que casou com Stephanie Sellon) e Barbara Anne (que casou com Ernest Sellon); e Catherine com Charles tiveram como filhos Reginaldo Meredith (que casou com Ethel Bedingfield Kelly), Jeanette Annie (que casou com Alan Lockyer Prynne), Whitworth Cahrles (que casou com Aenid Isobel Lewes), e Mary da Costa (que casou com Arthur Syoney Bates). Não existem informações precisas sobre a descendência de Hipólito depois da 5ª geração inglesa.
Academia Brasileira de Letras
O patronato da Cadeira 17 da Academia foi escolhido por seu fundador, Sílvio Romero, e coube à memória de Hipólito da Costa esse posto. Honrava a Academia à figura do iniciador da imprensa brasileira.
ATO 06/08 – Deliberação
INSTITUI E REGULAMENTA O FUNCIONAMENTO DA BIBLIOTECA DA LOJA MAÇÔNICA GENERAL JOSÉ MARIA MOREIRA GUIMARÃES, Nº 0562.
A Assembleia da Augusta, Respeitável e Centenária Loja Simbólica GENERAL JOSÉ MARIA MOREIRA GUIMARÃES 1ª, 0562, no exercício de suas atribuições legais, DELIBERA: Art. 1º – Fica instituída na estrutura da Loja Maçônica General José Maria Moreira Guimarães, n° 0562, uma Biblioteca com o objetivo de manter, conservar, adquirir, reunir e organizar um acervo de obras maçônicas e de interesse maçônico, contribuindo para o aprimoramento, a promoção e a divulgação da cultura maçônica entre os Irmãos. Art. 2º – A biblioteca terá como Patrono a figura de “Hipólito José da Costa” , maçom brasileiro nascido no século XVIII, perseguido e preso pela Inquisição, fundador do Jornal Correio Brasiliense, o primeiro periódico da nação brasileira, que era impresso na Inglaterra. Art. 3º – Fica assegurado ao Venerável Mestre o direito de nomear, ad nutum, entre os Irmãos do Quadro, um Bibliotecário e um Assistente, que ficarão responsáveis pela organização, administração, gerenciamento e regular funcionamento da Biblioteca. § 1º. As funções do Bibliotecário e do Assistente terão a mesma duração do Veneralato do nomeante. § 2º. O Bibliotecário será nomeado entre os Mestres da Loja e o Assistente poderá ser nomeado entre quaisquer dos Irmãos. Art. 4º – O acervo da Biblioteca será constituído por doações efetuadas por maçons ou profanos, bem como por aquisições efetuadas pela Loja. Art. 5º – Fica o Bibliotecário obrigado a manter atualizado o cadastro geral das obras integrantes do acervo da Biblioteca e a divulgá-lo para conhecimento dos Irmãos. Art. 6º – As obras do acervo da Biblioteca poderão ser consultadas ou emprestadas a título domiciliar: I – A qualquer dos Irmãos do quadro, respeitada a compatibilidade com o grau em que se encontrem; II – A qualquer Irmão Maçom, respeitada a compatibilidade com o grau em que se encontre, a preferência de empréstimo para irmãos do quadro e desde que com autorização do Venerável Mestre. Parágrafo Único – Poderão ser emprestadas simultaneamente a um mesmo Irmão o número máximo de quatro obras. Art. 7º – O empréstimo de obras da Biblioteca obedecerá ao seguinte: I – Estão excluídas do empréstimo domiciliar as obras raras, assim classificadas pelo Bibliotecário. II – O empréstimo domiciliar será pelo prazo de até trinta dias, sendo permitida a renovação por igual período, desde que não haja reserva da obra por outro usuário. III – Cabe ao usuário a responsabilidade pela guarda e conservação das obras emprestadas, que deverão ser devolvidas nas mesmas condições em que foram retiradas. Art. 8º – Para cada dia de atraso na devolução de obras da biblioteca o usuário estará impossibilitado de utilizar os seus serviços por quinze dias, contando a partir do dia seguinte ao marcado para a devolução, incluindo a contagem de sábados, domingos e feriados. Parágrafo único – O usuário em débito com a Biblioteca será notificado para que efetue a devolução em 48 horas e seu nome encaminhado ao Venerável Mestre para que sejam tomadas as devidas providências. Art. 9º – As obras da Biblioteca só poderão ser reproduzidas se obedecidas as normas profanas relativas ao direito autoral. Art. 10 – Os casos omissos serão resolvidos por deliberação do Venerável Mestre, ouvido o Bibliotecário. Art. 11 – Este Ato entra em vigor nesta data, revogando-se as disposições em contrário. Dado e traçado na Secretaria da Loja, em Belo Horizonte, aos 13 do mês de novembro de 2008, da E.V., 111° da Fundação da Loja General Moreira Guimarães, 0562.
O Venerável Mestre
Marco A Aleixo (31) 9 8802-7100
Wiliam Leite (31) 9 8481-8233
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